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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Justiça e propriedade

Matildes Regina Pizzio Tomasi¹


Proudhon afirma que para criar uma nova consciência Humana, é necessário analisar as formas de pensamento existentes e a partir de então, constituir uma nova visão. Para tanto ele se propõe a observar as formas de aglutinação humana, que se estruturaram ou como comunidade ou como sociedade. No entanto cada uma com suas características e imperfeições, nas quais ele enfatiza que “ambas são exclusivas e desconhecem cada uma por seu lado, dois elementos da sociedade. A comunidade rejeita a independência e a proporcionalidade; a propriedade não satisfaz a igualdade nem a lei.” Portanto é preciso extrair o que cada uma contém de bom e gerar uma nova concepção de mundo baseada em princípios de igualdade e liberdade. Analisar as necessidades humanas e somente então, avaliar o que pode ser descrito como direito ou dever de cada cidadão e não por privilégios. E para que se faça justiça, só há um jeito, abolindo a propriedade, pois ambas são incompatíveis e a propriedade é a origem de todo o mal existente.


Referência:
PROUDHON. O que é a propriedade? Tradução de Marília Caeiro. 2ª edição. Editorial Estampa: Lisboa. 1975.
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¹Acadêmica do 4º semestre do curso de Licenciatura em História da UFFS/Campus Erechim - 2011

2 comentários:

  1. Isso ai Matildis, nosso camarada Proudhon, muito a frente de seu tempo, já via algumas impossibilidades mesmo da vida em comunidade, tanto que para ele, esta iria suprimir a individualidade do individuo. Pensando suas ideias para nosso tempo, acredito que tenhamos muito a refletir, a tal ponto de revermos nossas crenças, nossos valores. É isso aí colega, avante com nossos "devaneios libertários".
    abraço

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  2. Matildes!

    Vale. Mas tem mais coisas a se explorar entre o que Proudhon considera uma "dialética sem sínteses" entre a propriedade e a comunidade...

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